5ª Jornada de História da Arquitetura Portuguesa | 2016
A Casa. Formas de (e para) habitar.
PROGRAMA
20 MAIO
Auditório da Quinta da Prelada - Sala Verde
09h30 _ Sessão de Abertura
A Casa: Formas, artistas e modos de habitar (I)
10h00 _ Tipologias do habitar
José César Vasconcelos Quintão (CEAU/FAUP)
10h40 _ Formas e modos de habitar Casas e Quintas: o aparato, o lúdico e o religioso
Manuel Joaquim Moreira da Rocha (CITCEM/FLUP)
11h00 _ O abastecimento de água na cidade do Porto nos séc(s) XVII e XVIII: aquedutos, fontes e chafarizes
Diogo Emanuel Pacheco Teixeira (Mestre em História da Arte/FLUP)
11h20 _ Casas da aristocracia em Lisboa no século XVII-XVIII: quotidiano(s) em família
Augusto Moutinho Borges (CLEPUL/Universidade de Lisboa)
12h00 _ Visita de Estudo à Quinta da Prelada (Casa e Jardins)
José António Ferreira e Silva (Técnico Superior – Serviço de Públicos do Museu e Igreja da Misericórdia do Porto)
13h30 _ Intervalo (almoço)
Faculdade de Letras da Universidade do Porto - Anfiteatro 2
A Casa: Formas, artistas e modos de habitar (II)
15h00 _ Espacio y arquitectura. Una poética del espacio aplicada a la arquitectura pacega
Juan Manuel Monterroso (Universidade de Santiago de Compostela)
15h40 _ “Casa-grande”: As habitações senhoriais pernambucanas do século XIX no contexto açucareiro
Rafael Ferreira Costa (Mestrando em História da Arte/FLUP)
16h00 _ O Solar de Bertiandos: Uma casa nobre limiana
Silvana Raquel Vieira de Sousa (Mestranda em História da Arte/FLUP)
16h20 _ A “Casa Portuguesa” na arquitetura habitacional do Porto na primeira metade do século XX
Nuno Paulo Soares Ferreira (Doutorando em História da Arte/FLUP/CITCEM/FCT)
17h00 _ Intervalo
17h30 _ Entre a cidade e o campo – Habitações e modos de habitar da Nobreza
Daniel Madureira (Mestrando em História da Arte/FLUP)
17h50 _ A Casa Nobre no Douro (Estudo de caso: Sabrosa)
Ana Moreira e Inês Bandeira (Mestrandas em História da Arte/FLUP)
18h10 _ A Escadaria de aparato nos palácios do Porto
Augusto Cardoso (Mestrando em História da Arte/FLUP)
18h30 _ Palácio do Freixo: um marco da arquitetura portuense do século XVIII ao século XXI
Liliana Fortuna Duarte (Mestranda em História da Arte/FLUP)
21 MAIO
Faculdade de Letras da Universidade do Porto – Anfiteatro Nobre
A Casa: Formas, artistas e modos de habitar (III)
09h30 _ Intercambios, influencias y presencias de los maestros portugueses en la arquitectura gallega entre el Tardogótico y el Renacimiento
Ana Goy Diz (Universidade de Santiago de Compostela)
10h10 _ A habitação urbana na época moderna: morfologias e formas de habitar. A rua Direita de Viseu como caso de estudo.
Liliana Andrade de Matos e Castilho (Instituto Politécnico de Viseu/CITCEM)
10h50 _ A casa nobre no concelho de Ponte de Lima: estruturas, vivências e estratégias de afirmação
Amélia Paiva (Doutoranda em História da Arte/FLUP)
11h30 _ Intervalo
12h00 _ Reflexiones sobre la vivienda burguesa en la Barcelona de 1900 a través de los programas decorativos de las fachadas
Maria Victória Alvarez (Universidade de Salamanca)
12h40 _ Modos e Formas de Habitar numa Vila Balnear
Gustavo Duarte Vasconcelos (Mestrando em História da Arte/FLUP)
13h00 _ Viana de Lima/ David Moreira da Silva - dois projetos para habitar um lugar da cidade
Maria do Carmo Pires (Doutora em História da Arte/FLUP)
13h40 _ Sessão de Encerramento
14h00 _ Intervalo (almoço)
15h30 _ Visita de Estudo à Quinta de Bonjóia
Coordenação
Manuel Joaquim Moreira da Rocha
Comissão Científica
José Quintão (FAUP/CEAU -Universidade do Porto)
Manuel Joaquim Moreira da Rocha (FLUP/CITCEM-Universidade do Porto)
Susana Matos Abreu (CEAU-Universidade do Porto)
20 MAIO
Auditório da Quinta da Prelada - Sala Verde
09h30 _ Sessão de Abertura
A Casa: Formas, artistas e modos de habitar (I)
10h00 _ Tipologias do habitar
José César Vasconcelos Quintão (CEAU/FAUP)
10h40 _ Formas e modos de habitar Casas e Quintas: o aparato, o lúdico e o religioso
Manuel Joaquim Moreira da Rocha (CITCEM/FLUP)
11h00 _ O abastecimento de água na cidade do Porto nos séc(s) XVII e XVIII: aquedutos, fontes e chafarizes
Diogo Emanuel Pacheco Teixeira (Mestre em História da Arte/FLUP)
11h20 _ Casas da aristocracia em Lisboa no século XVII-XVIII: quotidiano(s) em família
Augusto Moutinho Borges (CLEPUL/Universidade de Lisboa)
12h00 _ Visita de Estudo à Quinta da Prelada (Casa e Jardins)
José António Ferreira e Silva (Técnico Superior – Serviço de Públicos do Museu e Igreja da Misericórdia do Porto)
13h30 _ Intervalo (almoço)
Faculdade de Letras da Universidade do Porto - Anfiteatro 2
A Casa: Formas, artistas e modos de habitar (II)
15h00 _ Espacio y arquitectura. Una poética del espacio aplicada a la arquitectura pacega
Juan Manuel Monterroso (Universidade de Santiago de Compostela)
15h40 _ “Casa-grande”: As habitações senhoriais pernambucanas do século XIX no contexto açucareiro
Rafael Ferreira Costa (Mestrando em História da Arte/FLUP)
16h00 _ O Solar de Bertiandos: Uma casa nobre limiana
Silvana Raquel Vieira de Sousa (Mestranda em História da Arte/FLUP)
16h20 _ A “Casa Portuguesa” na arquitetura habitacional do Porto na primeira metade do século XX
Nuno Paulo Soares Ferreira (Doutorando em História da Arte/FLUP/CITCEM/FCT)
17h00 _ Intervalo
17h30 _ Entre a cidade e o campo – Habitações e modos de habitar da Nobreza
Daniel Madureira (Mestrando em História da Arte/FLUP)
17h50 _ A Casa Nobre no Douro (Estudo de caso: Sabrosa)
Ana Moreira e Inês Bandeira (Mestrandas em História da Arte/FLUP)
18h10 _ A Escadaria de aparato nos palácios do Porto
Augusto Cardoso (Mestrando em História da Arte/FLUP)
18h30 _ Palácio do Freixo: um marco da arquitetura portuense do século XVIII ao século XXI
Liliana Fortuna Duarte (Mestranda em História da Arte/FLUP)
21 MAIO
Faculdade de Letras da Universidade do Porto – Anfiteatro Nobre
A Casa: Formas, artistas e modos de habitar (III)
09h30 _ Intercambios, influencias y presencias de los maestros portugueses en la arquitectura gallega entre el Tardogótico y el Renacimiento
Ana Goy Diz (Universidade de Santiago de Compostela)
10h10 _ A habitação urbana na época moderna: morfologias e formas de habitar. A rua Direita de Viseu como caso de estudo.
Liliana Andrade de Matos e Castilho (Instituto Politécnico de Viseu/CITCEM)
10h50 _ A casa nobre no concelho de Ponte de Lima: estruturas, vivências e estratégias de afirmação
Amélia Paiva (Doutoranda em História da Arte/FLUP)
11h30 _ Intervalo
12h00 _ Reflexiones sobre la vivienda burguesa en la Barcelona de 1900 a través de los programas decorativos de las fachadas
Maria Victória Alvarez (Universidade de Salamanca)
12h40 _ Modos e Formas de Habitar numa Vila Balnear
Gustavo Duarte Vasconcelos (Mestrando em História da Arte/FLUP)
13h00 _ Viana de Lima/ David Moreira da Silva - dois projetos para habitar um lugar da cidade
Maria do Carmo Pires (Doutora em História da Arte/FLUP)
13h40 _ Sessão de Encerramento
14h00 _ Intervalo (almoço)
15h30 _ Visita de Estudo à Quinta de Bonjóia
Coordenação
Manuel Joaquim Moreira da Rocha
Comissão Científica
José Quintão (FAUP/CEAU -Universidade do Porto)
Manuel Joaquim Moreira da Rocha (FLUP/CITCEM-Universidade do Porto)
Susana Matos Abreu (CEAU-Universidade do Porto)
Textos de Apoio
Tipologias do Habitar
José César Vasconcelos Quintão
Professor Emérito da FAUP | CEAU
Professor Emérito da FAUP | CEAU
“...o pedido do inteiramente novo, que é uma coisa que não existe...”
(disse-o Siza Vieira numa aula do curso de doutoramento da FAUP, a 11ABR15) é a vontade expressa por quem deseja fazer o seu abrigo, a sua casa, diferenciada das demais. É possível? Talvez sim, talvez haja uma zona de conforto no pensamento que nos diz que a minha casa é diferente das outras e, sobretudo, supera-as.
Mas, a partir do primeiro abrigo-casa que o Homem soube inventar e construir, criando um protótipo, outros tipos se criaram, criando arquétipos que se foram difundindo através do globo.
Para qualquer arquiteto, cada casa é um caso, é sempre um projeto que se quer distinto do seu imaginário recorrente. Para o usuário, esse projeto, de facto, destaca-se dos outros. É assim a natureza humana, onde a personalização é um fator sempre presente.
Em tempos difíceis de definir, como os da atualidade, as incógnitas sobre o significado da casa-abrigo afiguram-se como uma das interrogações mais pertinentes para quem projeta e para quem vai habitar. Os estilos de vida têm-se modificado e diferenciado uns dos outros a um ritmo veloz, como há muito não se verificava. Que casa-abrigo conceber para os tempos de agora e para os tempos do amanhã?
Nesta 5ª Jornada de História de Arquitetura Portuguesa – A CASA, Formas de (e para) habitar, levadas a efeito pela FLUP, sob a coordenação do Professor Doutor Manuel Joaquim Moreira da Rocha, no tema TIPOLOGIAS DO HABITAR apresentam-se seis tipologias (entre outras possíveis) de casas, relativas às suas configurações geométricas, relacionamento paisagístico, diferentes espaços habitacionais e respetivos modos de vivências.
O “inteiramente novo”, senda de todos quantos projetam, será que irá constituir outras novas tipologias? Ou será que o novo poderá ajustar-se às existentes, sempre prontas a enriquecerem-se com novas propostas?
A arquitetura, como uma das criações essenciais, por certo, mais uma vez, consubstanciará o Habitat Humano.
(disse-o Siza Vieira numa aula do curso de doutoramento da FAUP, a 11ABR15) é a vontade expressa por quem deseja fazer o seu abrigo, a sua casa, diferenciada das demais. É possível? Talvez sim, talvez haja uma zona de conforto no pensamento que nos diz que a minha casa é diferente das outras e, sobretudo, supera-as.
Mas, a partir do primeiro abrigo-casa que o Homem soube inventar e construir, criando um protótipo, outros tipos se criaram, criando arquétipos que se foram difundindo através do globo.
Para qualquer arquiteto, cada casa é um caso, é sempre um projeto que se quer distinto do seu imaginário recorrente. Para o usuário, esse projeto, de facto, destaca-se dos outros. É assim a natureza humana, onde a personalização é um fator sempre presente.
Em tempos difíceis de definir, como os da atualidade, as incógnitas sobre o significado da casa-abrigo afiguram-se como uma das interrogações mais pertinentes para quem projeta e para quem vai habitar. Os estilos de vida têm-se modificado e diferenciado uns dos outros a um ritmo veloz, como há muito não se verificava. Que casa-abrigo conceber para os tempos de agora e para os tempos do amanhã?
Nesta 5ª Jornada de História de Arquitetura Portuguesa – A CASA, Formas de (e para) habitar, levadas a efeito pela FLUP, sob a coordenação do Professor Doutor Manuel Joaquim Moreira da Rocha, no tema TIPOLOGIAS DO HABITAR apresentam-se seis tipologias (entre outras possíveis) de casas, relativas às suas configurações geométricas, relacionamento paisagístico, diferentes espaços habitacionais e respetivos modos de vivências.
O “inteiramente novo”, senda de todos quantos projetam, será que irá constituir outras novas tipologias? Ou será que o novo poderá ajustar-se às existentes, sempre prontas a enriquecerem-se com novas propostas?
A arquitetura, como uma das criações essenciais, por certo, mais uma vez, consubstanciará o Habitat Humano.
Formas e Modos de Habitar Quintas: o Aparato, o Lúdico e o Religioso
Manuel Joaquim Moreira da Rocha
Faculdade de Letras da Universidade do Porto | CITCEM
Faculdade de Letras da Universidade do Porto | CITCEM
Seguindo o movimento do Renascimento, em Portugal a partir do século XVI começam a surgir as Quintas, implantadas no campo ou nas periferias das cidades, compostas por casa para habitação familiar, jardins e matas, podendo incluir do domínio territorial da Quinta zonas para exploração agrícola e respetivos equipamentos arquitetónicos justificados pela economia de produção. Os principais proprietários são Nobres, Clero Nobilitado e Militares.
A nomenclatura usada em textos publicados para designar essas propriedades imobiliárias é diversa, justificada mais pelo olhar do autor, que pelas estruturas construídas e edificadas que tipologicamente as caracterizam.
Fenómeno que se observa de Norte a Sul do país, embora com maior incidência no Norte e nas Beiras, com disseminação em crescendo à medida que se avança no século XVII para o seguinte, cujo auge se observa no tempo do Barroco.
Muitas Quintas constituem 2ª habitação, situando-se nas cidades as residências familiares principais, e eram ocupadas sazonalmente pelos proprietários para fuga ao bulício urbano, ou, para controlo das colheitas, se a Quinta incluía amplas áreas de produção.
Embora situadas no campo, os componentes arquitetónicos das Quintas, devem ser referenciados pela Arquitetura erudita e corrente das cidades e não com a Arquitetura vernacular rural (Manuel Montenegro).
Embora no domínio da Quinta, a casa familiar seja a construção principal, outros componentes são introduzidos na organização do território da quinta, que traduzem a formas de habitar especificas das elites e de afirmação sociocultural.
O tema, apaixonante, já com bons trabalhos realizados, está ainda a dar os primeiros passos, quer pela quantidade de exemplares existentes, pela qualidade dos mesmos, quer pela complexidade das abordagens que suscita o entendimento das Quintas.
Privilegiando exemplares do Norte/Porto/Douro, faz-se uma incursão no Espaço da Quintas, a partir de estruturas e equipamentos de aparato, equipamentos religiosos e equipamentos de recreação, que concorrem para a definição tipológica da Quinta.
A nomenclatura usada em textos publicados para designar essas propriedades imobiliárias é diversa, justificada mais pelo olhar do autor, que pelas estruturas construídas e edificadas que tipologicamente as caracterizam.
Fenómeno que se observa de Norte a Sul do país, embora com maior incidência no Norte e nas Beiras, com disseminação em crescendo à medida que se avança no século XVII para o seguinte, cujo auge se observa no tempo do Barroco.
Muitas Quintas constituem 2ª habitação, situando-se nas cidades as residências familiares principais, e eram ocupadas sazonalmente pelos proprietários para fuga ao bulício urbano, ou, para controlo das colheitas, se a Quinta incluía amplas áreas de produção.
Embora situadas no campo, os componentes arquitetónicos das Quintas, devem ser referenciados pela Arquitetura erudita e corrente das cidades e não com a Arquitetura vernacular rural (Manuel Montenegro).
Embora no domínio da Quinta, a casa familiar seja a construção principal, outros componentes são introduzidos na organização do território da quinta, que traduzem a formas de habitar especificas das elites e de afirmação sociocultural.
O tema, apaixonante, já com bons trabalhos realizados, está ainda a dar os primeiros passos, quer pela quantidade de exemplares existentes, pela qualidade dos mesmos, quer pela complexidade das abordagens que suscita o entendimento das Quintas.
Privilegiando exemplares do Norte/Porto/Douro, faz-se uma incursão no Espaço da Quintas, a partir de estruturas e equipamentos de aparato, equipamentos religiosos e equipamentos de recreação, que concorrem para a definição tipológica da Quinta.
O Abastecimento de Água na Cidade do Porto nos Séculos XVII e XVIII: Aquedutos, Fontes e Chafarizes
Diogo Emanuel Pacheco Teixeira
Mestre em História da Arte | FLUP
Mestre em História da Arte | FLUP
A arquitetura da água é um tema que, apesar de pouco estudado em Portugal, tem vindo a ter cada vez mais adeptos: quer pela beleza dos seus objetos, quer pelo engenho das suas estruturas ou mesmo pela história associada a estes elementos. Este estudo contribui para o conhecimento dos desafios para a captação e distribuição desse bem essencial à sobrevivência humana – a água. O tratado de arquitetura de Vitrúvio foi o mais antigo a chegar aos nossos dias e onde foram originalmente apontados e desenvolvidos os conceitos redescobertos pelos grandes arquitetos e cientistas da época moderna, contribuindo assim para um grande desenvolvimento tanto deste tipo de arquitetura como da hidráulica enquanto ciência. Das estruturas romanas aos aquedutos, fontes e chafarizes da época moderna há um grande processo evolutivo que se repercute por toda a Europa, aliando o abastecimento de água ao aparato dos objetos de distribuição como sinónimo de poder. No Porto, estas evoluções começaram a ser postas em prática nos amplos jardins das casas senhoriais e, no caso público, sofreram um progresso lento ao longo da época moderna, a partir do século XVI até finais do século XIX, devido a sérios problemas de escassez de água. Nesta altura, a cidade era abastecida por cinco mananciais, sendo o principal o de Paranhos. A urbe tinha várias fontes e chafarizes, algumas abastecidas pelos mananciais e outras por nascentes próprias. É verdade que a exceção faz a regra, porque mesmo com carência deste elemento tão essencial à vida, houve alguns objetos de provimento, apesar de muito poucos, que se tratavam de composições de grande aparato, como são os casos da fonte da Arca e da fonte das Virtudes, esta última tendo chegado até aos nossos dias.
Bibliografia
AMORIM, Alexandra Agra; PINTO, João Neves – Porto d’agoa: o abastecimento de água na cidade do Porto através dos tempos. Porto: Serviço Municipalizado de Águas e Saneamento do Porto, 2001.
CONCEIÇÃO, Luís Filipe Pires da – A consagração da água através da arquitectura, para uma arquitectura da água. Lisboa: Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, 1997.
COSTA, Agostinho Rebelo da – Descrição topográfica e histórica da cidade do Porto. Lisboa: Frenesi, 2001.
FERREIRA-ALVES, Joaquim Jaime B. - A arquitectura da água: chafarizes e fontes do Porto dos séculos XVII e XVIII. Arouca: Centro de Estudos D. Domingos de Pinho Brandão, 1997. pp. 45-62.
FERREIRA-ALVES, Joaquim Jaime B. - O Porto na época dos Almadas: arquitectura, obras públicas. 2 vols. Porto: Câmara Municipal, 1988-1990.
GARRET, Antão de Almeida – Aquedutos, fontes e chafarizes do velho Porto. Boletim Cultural, vol. XXIV. Porto: Câmara Municipal do Porto, 1961. pp. 197-203.
MARÇAL, Horácio – O abastecimento de água à Cidade do Porto e à Vila de Matosinhos. 3 Partes. O Tripeiro, Série VI, Ano VIII. Porto: Câmara Municipal do Porto, 1968. pp. 301-310; 339-348; 365-373.
MARÇAL, Horácio – O manancial de Paranhos e as fontes por ele abastecidas. O Tripeiro, Série VI, Ano VII. Porto: Câmara Municipal do Porto, 1967. pp. 295-300.
MEIRELES, Maria Adelaide de Azevedo – Catálogo dos livros de plantas. Porto: Arquivo Histórico/ Câmara Municipal do Porto, 1982.
RAMOS, Luís A. de Oliveira (dir.) - História do Porto. Porto: Porto Editora, 2000.
TEIXEIRA, Diogo Emanuel Pacheco – O Abastecimento de Água na Cidade do Porto nos Séculos XVII e XVIII : Aquedutos, Fontes e Chafarizes. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2011.
VITRÚVIO – Tratado de arquitectura. Introdução e notas de Justino M. Maciel. Lisboa: IST Press, 2009
Bibliografia
AMORIM, Alexandra Agra; PINTO, João Neves – Porto d’agoa: o abastecimento de água na cidade do Porto através dos tempos. Porto: Serviço Municipalizado de Águas e Saneamento do Porto, 2001.
CONCEIÇÃO, Luís Filipe Pires da – A consagração da água através da arquitectura, para uma arquitectura da água. Lisboa: Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, 1997.
COSTA, Agostinho Rebelo da – Descrição topográfica e histórica da cidade do Porto. Lisboa: Frenesi, 2001.
FERREIRA-ALVES, Joaquim Jaime B. - A arquitectura da água: chafarizes e fontes do Porto dos séculos XVII e XVIII. Arouca: Centro de Estudos D. Domingos de Pinho Brandão, 1997. pp. 45-62.
FERREIRA-ALVES, Joaquim Jaime B. - O Porto na época dos Almadas: arquitectura, obras públicas. 2 vols. Porto: Câmara Municipal, 1988-1990.
GARRET, Antão de Almeida – Aquedutos, fontes e chafarizes do velho Porto. Boletim Cultural, vol. XXIV. Porto: Câmara Municipal do Porto, 1961. pp. 197-203.
MARÇAL, Horácio – O abastecimento de água à Cidade do Porto e à Vila de Matosinhos. 3 Partes. O Tripeiro, Série VI, Ano VIII. Porto: Câmara Municipal do Porto, 1968. pp. 301-310; 339-348; 365-373.
MARÇAL, Horácio – O manancial de Paranhos e as fontes por ele abastecidas. O Tripeiro, Série VI, Ano VII. Porto: Câmara Municipal do Porto, 1967. pp. 295-300.
MEIRELES, Maria Adelaide de Azevedo – Catálogo dos livros de plantas. Porto: Arquivo Histórico/ Câmara Municipal do Porto, 1982.
RAMOS, Luís A. de Oliveira (dir.) - História do Porto. Porto: Porto Editora, 2000.
TEIXEIRA, Diogo Emanuel Pacheco – O Abastecimento de Água na Cidade do Porto nos Séculos XVII e XVIII : Aquedutos, Fontes e Chafarizes. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2011.
VITRÚVIO – Tratado de arquitectura. Introdução e notas de Justino M. Maciel. Lisboa: IST Press, 2009
Casas da aristocracia em Lisboa no século XVII-XVIII: Quotidiano(s) em família
Augusto Moutinho Borges
Universidade de Lisboa | CLEPUL
Universidade de Lisboa | CLEPUL
Integrados nos espaços urbanos, os palácios reais e aristocratas, constituem-se como elementos paradigmáticos da(s) comunidade(s) interrelacionando-se, em sua função edificada, como símbolos identitários da urbanidade e sociabilidade: do privado ao público / do uso restrito ao uso alargado.
Apesar das constantes dificuldades, naturais e não só, que foram condenando algum património, são muitas as obras que subsistem ou que integram vestígios desses mesmos acontecimentos.
Os diversos palácios edificados em território nacional, ainda que contidos numa linha singular portuguesa, constituem-se como símbolos de poder, não só pela referência arquitetónica como massa edificada estrategicamente em locais determinados, como integrantes na paisagem humanizada, revendo-se as comunidades nestes patrimónios construídos.
Em Lisboa e Évora, a aristocracia portuguesa criou modelos e arquétipos edificados, podendo, através dos debuxos e riscos acompanhados por testamentos coevos, identificar vivências e quotidianos em família, entre os séculos XVII e XVIII. Não só pelas áreas de aparato e zonas sociais, como também pela imensidão de áreas destinadas à serventia
Se no passado os palácios constituíam uma forma de pressão e demonstração de poder de uma família perante a comunidade, hoje, os palácios, continuam a constituir-se como formas de representação social. No estudo de caso que vamos apresentar, desenvolvemos a nossa análise sobre os palácios de uma família portuguesa, representados pela Casa de Santa Iria (marqueses), e de que forma a transformação social portuguesa foi coincidente com a reocupação destes patrimónios e da sua intervenção com a comunidade nacional e local: Palácio Sabugal-Óbidos (Lisboa) = Jardim Botânico da Ajuda; Palácio Óbidos-Sabugal (Lisboa) = Sede Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa e Palácio dos Condes de Sabugal (Évora) = Quartel da Guarda Fiscal.
Apesar das constantes dificuldades, naturais e não só, que foram condenando algum património, são muitas as obras que subsistem ou que integram vestígios desses mesmos acontecimentos.
Os diversos palácios edificados em território nacional, ainda que contidos numa linha singular portuguesa, constituem-se como símbolos de poder, não só pela referência arquitetónica como massa edificada estrategicamente em locais determinados, como integrantes na paisagem humanizada, revendo-se as comunidades nestes patrimónios construídos.
Em Lisboa e Évora, a aristocracia portuguesa criou modelos e arquétipos edificados, podendo, através dos debuxos e riscos acompanhados por testamentos coevos, identificar vivências e quotidianos em família, entre os séculos XVII e XVIII. Não só pelas áreas de aparato e zonas sociais, como também pela imensidão de áreas destinadas à serventia
Se no passado os palácios constituíam uma forma de pressão e demonstração de poder de uma família perante a comunidade, hoje, os palácios, continuam a constituir-se como formas de representação social. No estudo de caso que vamos apresentar, desenvolvemos a nossa análise sobre os palácios de uma família portuguesa, representados pela Casa de Santa Iria (marqueses), e de que forma a transformação social portuguesa foi coincidente com a reocupação destes patrimónios e da sua intervenção com a comunidade nacional e local: Palácio Sabugal-Óbidos (Lisboa) = Jardim Botânico da Ajuda; Palácio Óbidos-Sabugal (Lisboa) = Sede Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa e Palácio dos Condes de Sabugal (Évora) = Quartel da Guarda Fiscal.
Espacio y arquitectura. Una poética del espacio aplicada a la arquitectura pacega
Juan M. Monterroso Montero
Departamento de História del Arte | Universidad de Santiago de Compostela | GI-1907, Iacobus
Departamento de História del Arte | Universidad de Santiago de Compostela | GI-1907, Iacobus
Esta ponencia cuenta con dos puntos de partida bien diferenciados y, en esta ocasión, complementarios. Por una parte el objeto de estudio que será la arquitectura pacega gallega, con una extensión hacia la posible equivalencia en las Quintas del norte de Portugal. En este sentido no se pretende establecer ningún tipo de relación o comparativa, únicamente buscar aquellos puntos de relación y unión. El segundo punto de partida será la definición de una poética del espacio, entendida como concepción arquitectónica y, sobre todo, teórica. En este sentido se entiende que espacio y tiempo son los fundamentos de la existencia humana, en cuanto que el primero se define como espacio experimentado y vivido por el ser humano.
Desde las concepciones teóricas de autores como Bollnow y Bachellard, entre otros, se intentará explicar los diferentes ámbitos que organizarían este tipo de residencias, bien como espacio residencial, sagrado, referencial, de habitabilidad, de actuación, de ambientación o de convivencia.
Desde las concepciones teóricas de autores como Bollnow y Bachellard, entre otros, se intentará explicar los diferentes ámbitos que organizarían este tipo de residencias, bien como espacio residencial, sagrado, referencial, de habitabilidad, de actuación, de ambientación o de convivencia.
“Casa-grande”: as habitações senhoriais pernambucanas do século XIX no contexto económico açucareiro
Rafael Ferreira Costa
Mestrando em História da Arte | FLUP
Mestrando em História da Arte | FLUP
A produção açucareira marcou drasticamente o Brasil, modificou paisagens, interferiu nas dinâmicas económicas e políticas, assim como exerceu papel importante nas características arquiteturais nacionais. Dessa forma, analiso as “casas-grandes” do estado de Pernambuco no século XIX. Tendo como ponto de partida o estudo de Esterzilda Azevedo sobre as casas senhoriais – presentes nos conjuntos arquitetónicos dos engenhos de açúcar nordestinos – observo suas particularidades. Reforçado pelos estudos do arquiteto Geraldo Gomes e as vivências de autores como Gilberto Freyre, destaco as características destes edifícios de função habitacional, assim como as distinções entre estas moradas e as vivendas dos séculos precedentes e as influências estrangeiras resultantes da chegada da família real portuguesa ao país.
Bibliografia:
AZEVEDO, Esterzilda Berenstein. Casas Senhoriais dos engenhos do Nordeste brasileiro. In: Portugal/Brasil - Brasil/Portugal: duas faces de uma realidade artística. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos portugueses, 2000. (p. 195-207).
FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. Recife: Global editora, 2003.
GOMES, Geraldo. Engenho e arquitetura. Recife: Editora Massangana, 2006.
GOMES, Geraldo; PIRES, Fernando Tasso Fragoso. Antigos engenhos de açúcar do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1994.
História da vida privada no Brasil (República: da Belle Époque à Era do Rádio )/coordenador-geral da coleção Fernando A. Novais; organizador do volume Nicolau Sevenko – São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
MELLO, Everaldo Cabral de. O bagaço de cana. São Paulo: Editora Penguin & Companhia das Letras, 2012.
Bibliografia:
AZEVEDO, Esterzilda Berenstein. Casas Senhoriais dos engenhos do Nordeste brasileiro. In: Portugal/Brasil - Brasil/Portugal: duas faces de uma realidade artística. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos portugueses, 2000. (p. 195-207).
FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. Recife: Global editora, 2003.
GOMES, Geraldo. Engenho e arquitetura. Recife: Editora Massangana, 2006.
GOMES, Geraldo; PIRES, Fernando Tasso Fragoso. Antigos engenhos de açúcar do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1994.
História da vida privada no Brasil (República: da Belle Époque à Era do Rádio )/coordenador-geral da coleção Fernando A. Novais; organizador do volume Nicolau Sevenko – São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
MELLO, Everaldo Cabral de. O bagaço de cana. São Paulo: Editora Penguin & Companhia das Letras, 2012.
O Solar de Bertiandos: Uma casa nobre limiana
Silvana Raquel Vieira de Sousa
Mestranda em História da Arte | FLUP
Mestranda em História da Arte | FLUP
O Alto-Minho em geral, e o território limiano em particular, demonstra uma variedade de casas nobres que se impõem na paisagem e que surgem em redor dos aglomerados habitacionais, demonstrando por sua vez vários exemplos do património da “fidalguia de província”.
O Solar de Bertiandos, quer pela sua história familiar, quer pela sua qualidade construtiva, merece aqui especial destaque, motivo pelo qual nos propomos a estuda-lo na sua dimensão artística, social e histórica. Importa assim desvendar as várias fases construtivas do edifício, estabelecer se possível, paralelos com outras arquiteturas a nível local e nacional, e entender como o imóvel se manteve no tempo e espaço, até chegar aos dias de hoje como Imóvel de Interesse Público (em 1992).
Partindo do levantamento realizado das casas nobres do concelho de Ponte de Lima no Almanaque Ilustrado: O Comércio do Lima (terminologia, família, e localização), chegamos até ao edifício em estudo. Iniciando a pesquisa pelo século XVI com a referência à torre, descrita por Carlos de Azevedo no seu Solares Portugueses como um símbolo de domínio e reduto defensivo do senhor das terras, passando pela construção dos dois complexos habitacionais (os dois vínculos) até à construção do anexo religioso, a capela, e respetivos portais (organizados e categorizados na obra de Mª Amélia da Silva Paiva), a análise e estudo do edifício leva-nos numa viagem temporal e artística (sendo evidenciada neste trabalho com o recurso a tabelas), que é completada ainda com a do terreno que o rodeia – como sendo a criação e destruição do jardim em frente à casa –, viagem essa descrita no testemunho que o Conde d`Aurora escreve nos anos 50 do séc.XX, na separata dedicada a este imóvel, e que completa a análise técnica da página do Solar de Bertiandos no SIPA.
Bibliografia:
ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de – Alto Minho. Lisboa: Editorial Presença, 1986.
AURORA, Conde de – O Solar de Bertiandos. Separata nº 4 da Revista Lusíada: [s.l], 1956
AZEVEDO, Carlos de – Solares Portugueses. Lisboa, 1969
Casas e Famílias Nobres de Ponte de Lima, in “Almanaque Illustrado: O Comércio do Lima”. Ponte de Lima, nº5, 1923
PAIVA, Mª Amélia da Silva – As Portadas na Arquitectura Civil do Concelho de Ponte de Lima – estruturas, funções e significados. Vol I. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2004
PEREIRA, Paulo, coord. de; PEREIRA, José Fernandes, dir.de – Dicionário de Arte Barroca em Portugal. Lisboa: Editorial Presença, [s.d.]
SILVA, António Lambert Pereira da – Nobres Casas de Portugal. Vol. 1. Porto, [s.d]
SOARES, Franquelim Neiva – A Sociedade Pontelimense na primeira metade do século XX: O Inquérito do Arcebispado de 1845-1846. Arquivo de Ponte de Lima: Ponte de Lima, 1986
Ficha do monumento no SIPA:
http://www.monumentos.pt/site/app_pagesuser/SIPA.aspx?id=3478
Arquivo Municipal de Ponte de Lima:
http://pesquisa.arquivo.cm-pontedelima.pt/details?id=297
O Solar de Bertiandos, quer pela sua história familiar, quer pela sua qualidade construtiva, merece aqui especial destaque, motivo pelo qual nos propomos a estuda-lo na sua dimensão artística, social e histórica. Importa assim desvendar as várias fases construtivas do edifício, estabelecer se possível, paralelos com outras arquiteturas a nível local e nacional, e entender como o imóvel se manteve no tempo e espaço, até chegar aos dias de hoje como Imóvel de Interesse Público (em 1992).
Partindo do levantamento realizado das casas nobres do concelho de Ponte de Lima no Almanaque Ilustrado: O Comércio do Lima (terminologia, família, e localização), chegamos até ao edifício em estudo. Iniciando a pesquisa pelo século XVI com a referência à torre, descrita por Carlos de Azevedo no seu Solares Portugueses como um símbolo de domínio e reduto defensivo do senhor das terras, passando pela construção dos dois complexos habitacionais (os dois vínculos) até à construção do anexo religioso, a capela, e respetivos portais (organizados e categorizados na obra de Mª Amélia da Silva Paiva), a análise e estudo do edifício leva-nos numa viagem temporal e artística (sendo evidenciada neste trabalho com o recurso a tabelas), que é completada ainda com a do terreno que o rodeia – como sendo a criação e destruição do jardim em frente à casa –, viagem essa descrita no testemunho que o Conde d`Aurora escreve nos anos 50 do séc.XX, na separata dedicada a este imóvel, e que completa a análise técnica da página do Solar de Bertiandos no SIPA.
Bibliografia:
ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de – Alto Minho. Lisboa: Editorial Presença, 1986.
AURORA, Conde de – O Solar de Bertiandos. Separata nº 4 da Revista Lusíada: [s.l], 1956
AZEVEDO, Carlos de – Solares Portugueses. Lisboa, 1969
Casas e Famílias Nobres de Ponte de Lima, in “Almanaque Illustrado: O Comércio do Lima”. Ponte de Lima, nº5, 1923
PAIVA, Mª Amélia da Silva – As Portadas na Arquitectura Civil do Concelho de Ponte de Lima – estruturas, funções e significados. Vol I. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2004
PEREIRA, Paulo, coord. de; PEREIRA, José Fernandes, dir.de – Dicionário de Arte Barroca em Portugal. Lisboa: Editorial Presença, [s.d.]
SILVA, António Lambert Pereira da – Nobres Casas de Portugal. Vol. 1. Porto, [s.d]
SOARES, Franquelim Neiva – A Sociedade Pontelimense na primeira metade do século XX: O Inquérito do Arcebispado de 1845-1846. Arquivo de Ponte de Lima: Ponte de Lima, 1986
Ficha do monumento no SIPA:
http://www.monumentos.pt/site/app_pagesuser/SIPA.aspx?id=3478
Arquivo Municipal de Ponte de Lima:
http://pesquisa.arquivo.cm-pontedelima.pt/details?id=297
A “Casa Portuguesa” na arquitetura habitacional do Porto na primeira metade do século XX
Nuno Paulo Soares Ferreira
Doutorando em História da Arte | FLUP-FCT | CITCEM
Doutorando em História da Arte | FLUP-FCT | CITCEM
Na arquitetura portuguesa dos finais do século XIX, vários foram os intelectuais e arquitetos que se insurgiram contra as fortes influências de outros países, apelando à valorização da identidade nacional. A “Casa Portuguesa” foi um movimento cultural nacionalista surgido como reação ao Ultimato de 1890. Defendia uma arquitetura de cariz nacional centrada na ruralidade e nas necessidades regionais. Apesar de desde o seu surgimento ter gerado grande controvérsia, este conceito prolongou-se pelo século XX, chegando até a ser defendido por alguns arquitetos modernistas sob a forma da “casa à antiga portuguesa”. A partir dos anos 30 ganhou maior importância com a arquitetura do Estado Novo. Uma das figuras que mais defendeu esse tipo de arquitetura e combateu o cosmopolitismo dos outros arquitetos foi Raul Lino (1879-1974) através da sua vasta produção teórica e arquitetónica.
Procurando conhecer e interpretar o impacto e aplicação do conceito de “Casa Portuguesa” à arquitetura civil do Porto na primeira metade do século, estudaram-se alguns autores e suas obras. A relevância dada a este conceito é notória pela explicitação em vários processos de licença de obras da intenção conceptual referindo uma construção em “estilo tradicionalista portuguez”, “estilo tradicional”, “estilo nacional moderno”, “estilo regional” em conjunto com “estilo moderno”. A casa projetada em 1904 pelo engenheiro Ricardo Severo (“Casa Ricardo Severo”) é considerada uma das primeiras tentativas de produção desta nova arquitetura na cidade do Porto. Destaca-se também o arquiteto João Queiroz (1892-1982), dada a influência da “Casa Portuguesa” em diversos projetos de sua autoria.
Procurando conhecer e interpretar o impacto e aplicação do conceito de “Casa Portuguesa” à arquitetura civil do Porto na primeira metade do século, estudaram-se alguns autores e suas obras. A relevância dada a este conceito é notória pela explicitação em vários processos de licença de obras da intenção conceptual referindo uma construção em “estilo tradicionalista portuguez”, “estilo tradicional”, “estilo nacional moderno”, “estilo regional” em conjunto com “estilo moderno”. A casa projetada em 1904 pelo engenheiro Ricardo Severo (“Casa Ricardo Severo”) é considerada uma das primeiras tentativas de produção desta nova arquitetura na cidade do Porto. Destaca-se também o arquiteto João Queiroz (1892-1982), dada a influência da “Casa Portuguesa” em diversos projetos de sua autoria.
Entre a cidade e o campo – Habitações e modos de habitar da Nobreza
Daniel Madureira
Mestrando em História da Arte | FLUP
Mestrando em História da Arte | FLUP
É sabido que o Douro e a cidade do Porto têm uma ligação simbiótica milenar, e que esta muito se intensificou com o desenvolvimento da vinicultura ao longo da época moderna. A nobreza da região foi naturalmente a grande empreendedora deste negócio, dada a sua possessão das terras do Douro, não descurando a fulcral influência inglesa. Sendo a fonte o Douro, e o centro de negócios e de exportação o Porto, é sabido, e faz sentido, que a generalidade das famílias possuía uma residência sazonal perto das suas quintas, ou mesmo numa delas, e outra, de caracter mais permanente, na cidade. Esta ligação pode ser aferida fisicamente, através das suas casas nobres, e respetiva heráldica, que ainda subsistem em muitos casos, mas que não são conhecidas. Pretende o presente estudo dar a conhecer alguns desses casos, nomeadamente os de algumas famílias nobres do concelho de Sabrosa, em Vila Real. O estudo consiste no levantamento e comparação das casas brasonadas que a nobreza estabelecida nas principais vilas do concelho, possuíam no Porto e arredores. Através deste conhecimento pretende-se levantar várias questões acerca do modo de vida da nobreza duriense, da importância da vinicultura e do urbanismo portuense entre o séc. XVIII e XIX. A metodologia é essencialmente de comparação e análise das arquiteturas e heráldica correspondente, com o apoio de bibliografia de referência e investigação em arquivo. As estirpes e personalidades que figuram no trabalho com as respetivas casas no Douro e no Porto são:
Os Canavarros, de Sabrosa (Em estudo)
Os Viscondes de Vilarinho de S. Romão
O Conde do Bolhão (com casa em Celeirós do Douro)
Os Cunhas Pimentel, senhores da casa da Calçada de Provesende
Os Saaverda de Provesende (Em estudo)
Bibliografia
SAAVERDA, Provezende: Antigo e Moderno – Saaverda, 1935
CAPELA, José Viriato; BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique - As freguesias do distrito de Vila Real nas memórias paroquiais de 1758 : memórias, história e património, Braga : [s.n.], 2006.
LEAL, Augusto Soares d’Azevedo Barbosa de Pinho - Portugal Antigo e Moderno : diccionário geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias. Reed. da 1a ed. de 1874 facsimilada. Lisboa ; Braga : Livraria Editora Tavares Cardoso e Irmão : Barbosa e Xavier,, 2006
SOUSA, Fernando de - Memórias de Vila Real . Vila Real : Arquivo Distrital : Câmara Municipal, 1987.
Os Canavarros, de Sabrosa (Em estudo)
Os Viscondes de Vilarinho de S. Romão
O Conde do Bolhão (com casa em Celeirós do Douro)
Os Cunhas Pimentel, senhores da casa da Calçada de Provesende
Os Saaverda de Provesende (Em estudo)
Bibliografia
SAAVERDA, Provezende: Antigo e Moderno – Saaverda, 1935
CAPELA, José Viriato; BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique - As freguesias do distrito de Vila Real nas memórias paroquiais de 1758 : memórias, história e património, Braga : [s.n.], 2006.
LEAL, Augusto Soares d’Azevedo Barbosa de Pinho - Portugal Antigo e Moderno : diccionário geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias. Reed. da 1a ed. de 1874 facsimilada. Lisboa ; Braga : Livraria Editora Tavares Cardoso e Irmão : Barbosa e Xavier,, 2006
SOUSA, Fernando de - Memórias de Vila Real . Vila Real : Arquivo Distrital : Câmara Municipal, 1987.
A Casa Nobre no Douro (Estudo de caso: Sabrosa)
Ana Moreira e Inês Bandeira
Mestranda em História da Arte | FLUP
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As arquiteturas que moldam o Douro são o personificar da produção vitivinícola local, com a
criação de uma relação íntima entre as arquiteturas vernaculares e as mais eruditas, quer na utilização dos materiais, quer nas suas técnicas de construção.
Aqui, ergue-se todo um conjunto de casas nobres, de um gosto erudito e de grande escala que, para além da integração na paisagem, procuram acima de tudo a integração na sociedade. Esta habitação tem de ser entendida como um espaço de uso e representação, mostrando ser o espelho de quem a habita e possui.
A casa nobre duriense é igualmente entendida como uma casa rural, mas de maior dimensão e ostentação. Esta apresenta todo um conjunto de elementos e formas que refletem inequivocamente o gosto pessoal e os valores culturais da sociedade em que se inserem. Tal pode ser afirmado através do estudo da localização da casa na malha urbana, a organização da sua fachada e dos seus espaços interiores, onde a estrutura da casa assume uma dupla função: é uma máquina de habitar ao mesmo tempo que se apresenta como um instrumento de trabalho.
Bibliografia Fundamental:
• ALVES, Joaquim Jaime B. Feirreira - A Casa Nobre no Porto na Época Moderna. Lisboa: Inapa, 2001.
• AZEVEDO, Carlos - Solares portugueses: introdução ao estudo da casa nobre. Lisboa: Livros Horizonte, 1969.
• BARROS, Márcia - O valor patrimonial de Celeirós, Provesende e Vilarinho de São Romão Sabrosa: uma análise na perspectiva da ciberimprensa 2002-2009. Dissertação de Mestrado no ramo do conhecimento emHistória da Arte em Portugal, orientada pela Professora Doutora Lúcia Maria Cardoso Rosas e apresentada à Faculdade Letras da Universidade do Porto em 2007, texto policopiado.
• CAPELA, Viriato - As Freguesias Do Distrito De Vila Real Nas Memórias Paroquiais De 1758:
Memórias, História e Património. Braga: Barbosa & Xavier, Lda. - Artes Gráficas, 2006.
• FAUVRELLE, Natália - Quintas do Douro: As Arquiteturas do Vinho do Porto. Dissertação de Mestrado no ramo do conhecimento em História da Arte em Portugal, orientada pela Professora Doutora Lúcia Maria Cardoso Rosas e apresentada à Faculdade Letras da Universidade do Porto em 1999, texto policopiado.
• LEAL, Augusto Pinho - Portugal Antigo e Moderno: Diccionario Geographico, Estatistico
Chorographico, Heraldico, Archeologico, Historico Biografico e Ettymologico de todas as cidades villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias. Lisboa: Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia, 1873-1890. 12 volumes.
• MATOS, Armando de - Manual de Heráldica Portuguesa. [s.l.]: Fernando Machado, 1941.
• ROCHA, Manuel Joaquim Moreira da - Manifestações do Barroco Português: Casas e Quintas com Capela. In A Encomenda. O Artista. A Obra: IV Seminário Internacional Luso-Brasileiro. Porto: CEPESE - Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, 2010, pág. 325-341.
• SOUSA, Fernando de - Memórias de Vila Real. Vila Real: Câmara Municipal de Vila Real, 1987.
• Direção-Geral do Património Cultura [Em Linha]. [Consultado a 2 de dezembro de 2015]. Disponível em ‹http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/comoinventariar/›.
criação de uma relação íntima entre as arquiteturas vernaculares e as mais eruditas, quer na utilização dos materiais, quer nas suas técnicas de construção.
Aqui, ergue-se todo um conjunto de casas nobres, de um gosto erudito e de grande escala que, para além da integração na paisagem, procuram acima de tudo a integração na sociedade. Esta habitação tem de ser entendida como um espaço de uso e representação, mostrando ser o espelho de quem a habita e possui.
A casa nobre duriense é igualmente entendida como uma casa rural, mas de maior dimensão e ostentação. Esta apresenta todo um conjunto de elementos e formas que refletem inequivocamente o gosto pessoal e os valores culturais da sociedade em que se inserem. Tal pode ser afirmado através do estudo da localização da casa na malha urbana, a organização da sua fachada e dos seus espaços interiores, onde a estrutura da casa assume uma dupla função: é uma máquina de habitar ao mesmo tempo que se apresenta como um instrumento de trabalho.
Bibliografia Fundamental:
• ALVES, Joaquim Jaime B. Feirreira - A Casa Nobre no Porto na Época Moderna. Lisboa: Inapa, 2001.
• AZEVEDO, Carlos - Solares portugueses: introdução ao estudo da casa nobre. Lisboa: Livros Horizonte, 1969.
• BARROS, Márcia - O valor patrimonial de Celeirós, Provesende e Vilarinho de São Romão Sabrosa: uma análise na perspectiva da ciberimprensa 2002-2009. Dissertação de Mestrado no ramo do conhecimento emHistória da Arte em Portugal, orientada pela Professora Doutora Lúcia Maria Cardoso Rosas e apresentada à Faculdade Letras da Universidade do Porto em 2007, texto policopiado.
• CAPELA, Viriato - As Freguesias Do Distrito De Vila Real Nas Memórias Paroquiais De 1758:
Memórias, História e Património. Braga: Barbosa & Xavier, Lda. - Artes Gráficas, 2006.
• FAUVRELLE, Natália - Quintas do Douro: As Arquiteturas do Vinho do Porto. Dissertação de Mestrado no ramo do conhecimento em História da Arte em Portugal, orientada pela Professora Doutora Lúcia Maria Cardoso Rosas e apresentada à Faculdade Letras da Universidade do Porto em 1999, texto policopiado.
• LEAL, Augusto Pinho - Portugal Antigo e Moderno: Diccionario Geographico, Estatistico
Chorographico, Heraldico, Archeologico, Historico Biografico e Ettymologico de todas as cidades villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias. Lisboa: Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia, 1873-1890. 12 volumes.
• MATOS, Armando de - Manual de Heráldica Portuguesa. [s.l.]: Fernando Machado, 1941.
• ROCHA, Manuel Joaquim Moreira da - Manifestações do Barroco Português: Casas e Quintas com Capela. In A Encomenda. O Artista. A Obra: IV Seminário Internacional Luso-Brasileiro. Porto: CEPESE - Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, 2010, pág. 325-341.
• SOUSA, Fernando de - Memórias de Vila Real. Vila Real: Câmara Municipal de Vila Real, 1987.
• Direção-Geral do Património Cultura [Em Linha]. [Consultado a 2 de dezembro de 2015]. Disponível em ‹http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/comoinventariar/›.
A escadaria de aparato no palácio portuense do século XVIII
Augusto Cardoso
Mestrando em História da Arte | FLUP
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Erguendo-se como símbolo das aspirações humanas e da própria ordem cosmológica, a escada reveste-se igualmente de um carácter instrumental na retórica de afirmação do poder e da autoridade, bem como do prestígio e estatuto sociais. Por outro lado, ela afirma-se simultaneamente enquanto meio de manipulação estética, arquitetónica e espacial.
Na evolução monumental que a define durante a Época Moderna, a escadaria enfrenta uma progressiva volatilização do seu restrito espaço murário abarcante no interior de grandes conjuntos habitacionais, inserindo-se, com o desenvolvimento das tipologias, numa caixa maior, aberta e diáfana. Estas mutações morfológicas não afetariam apenas a estruturação dos seus muros e sistemas de cobertura, estimulando a introdução, conforme aos usos estilísticos e padrões de gosto vigentes, de um programa ornamental de revestimento dos seus paramentos, reforçado pela sua paulatina transformação em “segunda fachada” de palácios e grandes residências.
Atendendo à sua grandiosidade, a escadaria do Paço Episcopal do Porto ocupa uma posição ímpar no quadro da arquitetura portuguesa setecentista, manifestando de forma clara todo o peso que atribuído à comunicação com o piso nobre e respectivos espaços de “aparato”.
Bibliografia:
ALVES, Joaquim Jaime B. Ferreira — A casa nobre no Porto na época moderna. Lisboa: Inapa, 2001.
SMITH, Robert Chester — Nicolau Nasoni: arquitecto do Porto. Lisboa: Horizonte, 1966.
VASCONCELOS, Flórido de — Os estuques do Porto. Porto: Câmara Municipal do Porto, Departamento de Museus e Património Cultural, 1997.
Na evolução monumental que a define durante a Época Moderna, a escadaria enfrenta uma progressiva volatilização do seu restrito espaço murário abarcante no interior de grandes conjuntos habitacionais, inserindo-se, com o desenvolvimento das tipologias, numa caixa maior, aberta e diáfana. Estas mutações morfológicas não afetariam apenas a estruturação dos seus muros e sistemas de cobertura, estimulando a introdução, conforme aos usos estilísticos e padrões de gosto vigentes, de um programa ornamental de revestimento dos seus paramentos, reforçado pela sua paulatina transformação em “segunda fachada” de palácios e grandes residências.
Atendendo à sua grandiosidade, a escadaria do Paço Episcopal do Porto ocupa uma posição ímpar no quadro da arquitetura portuguesa setecentista, manifestando de forma clara todo o peso que atribuído à comunicação com o piso nobre e respectivos espaços de “aparato”.
Bibliografia:
ALVES, Joaquim Jaime B. Ferreira — A casa nobre no Porto na época moderna. Lisboa: Inapa, 2001.
SMITH, Robert Chester — Nicolau Nasoni: arquitecto do Porto. Lisboa: Horizonte, 1966.
VASCONCELOS, Flórido de — Os estuques do Porto. Porto: Câmara Municipal do Porto, Departamento de Museus e Património Cultural, 1997.
Palácio do Freixo: um marco da arquitetura portuense do século XVIII ao século XXI
Liliana Fortuna Duarte
Mestranda em História da Arte | FLUP
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O tema deste trabalho incide sobre o Palácio do Freixo, bem como das suas adjacências, e o modo como estes se mantiveram ao longo da sua existência, desde o século XVIII até aos nossos dias.
Apesar de algumas vicissitudes, o palácio é um interessante exemplar da arquitetura barroca do Porto com o toque italianizante dado pelo seu arquiteto, Nicolau Nasoni, mantendo-se um marco na arquitetura portuense, não só pela sua qualidade artística como também pela sua localização, não fosse ele classificado como Monumento Nacional em 1910.
Os principais objetivos são, mostrar a história do edifício bem como as reabilitações sofridas nas últimas duas décadas. Para tal, foi essencial investigar todas as informações bibliográficas relativas ao palácio, para criar uma cronologia e ter uma base histórica, bem como aceder às memórias descritivas das obras realizadas na reabilitação do espaço quer por Fernando Távora (1999-2003), quer mais tarde por David Sinclair (2007-2009). Ao mesmo tempo que analisava as diferentes épocas, foi importante estudar as gravuras e fotografias que documentam a história do edifício.
Como principais referências bibliográficas, o livro de Robert C. Smith, Nicolau Nasoni: Arquitecto do Porto, datado de 1966 e editado pela Ed. Livros Horizonte, bem como o livro de Joaquim Jaime Ferreira-Alves, intitulado A casa nobre do Porto, de 2001 e editado pelas Edições INAPA, são importantes para a contextualização do edifício. Em relação aos jardins, o texto de Manuel Joaquim Moreira da Rocha intitulado Os Jardins do Palácio do Freixo e que se encontra online, foi importante para perceber como estes se organizavam, já que é o estudo mais detalhado sobre este assunto. Sobre as reabilitações, destaco dois livros, um da autoria de Fernando Távora e Bernardo Távora, intitulado a Renovação do Palácio do Freixo 1750-2003, uma edição da APOR de 2003, e o livro editado por Jorge Figueira e José António Bandeirinha, intitulado A polémica do Freixo com edição da FCTUC de 1999.
Fonte Primária
Memória Descritiva e Justificativa do Projeto Geral de Arquitetura e Projeto de Vias da autoria de Fernando Távora e João Bernardo Távora (datado de Maio/1999)
Memória Descritiva e Justificativa do Projeto de Arranjos Exteriores/Integração Paisagística da autoria de Laura Costa (datado de Maio/1999)
Memória Descritiva do Projeto de adaptação à Pousada, do conjunto formado pelo Palácio do Freixo, Fábrica de Moagens Harmonia e Jardins Envolventes da autoria de David Sinclair (datado de Junho/2007)
Bibliografia
AZEVEDO, Carlos de – Solares Portugueses. Lisboa: Livros Horizonte, 1969
FERREIRA-ALVES, Joaquim J. B. – A casa nobre no Porto na Época Moderna. Lisboa: Edições INAPA S.A., 2001
FIGUEIRA, Jorge; BANDEIRINHA, José António (ed.) – A polémica do Freixo. Fernando Távora. Coimbra: Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, 1999
PINHO LEAL, Augusto – Portugal antigo e moderno: dicionario geographico, estatístico, chorographico, heraldico, archeologico, histórico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande número de aldeias. Vol. II e Vol. III. 2ª Edição Lisboa: Livraria Editora Tavares Cardoso e Irmão, 1990
SMITH, Robert C. – Nicolau Nasoni: arquitecto do Porto. Lisboa: Livros Horizonte, 1966
SMITH, Robert C. – A vinda de Nicolau Nasoni para Portugal in Separata da Revista MUSEU, 2ª Série, Nº 7. Porto, 1964
TÁVORA, Fernando [et al] – A renovação do Palácio do Freixo: 1750 – 2003. Porto: APOR, 2003
Apesar de algumas vicissitudes, o palácio é um interessante exemplar da arquitetura barroca do Porto com o toque italianizante dado pelo seu arquiteto, Nicolau Nasoni, mantendo-se um marco na arquitetura portuense, não só pela sua qualidade artística como também pela sua localização, não fosse ele classificado como Monumento Nacional em 1910.
Os principais objetivos são, mostrar a história do edifício bem como as reabilitações sofridas nas últimas duas décadas. Para tal, foi essencial investigar todas as informações bibliográficas relativas ao palácio, para criar uma cronologia e ter uma base histórica, bem como aceder às memórias descritivas das obras realizadas na reabilitação do espaço quer por Fernando Távora (1999-2003), quer mais tarde por David Sinclair (2007-2009). Ao mesmo tempo que analisava as diferentes épocas, foi importante estudar as gravuras e fotografias que documentam a história do edifício.
Como principais referências bibliográficas, o livro de Robert C. Smith, Nicolau Nasoni: Arquitecto do Porto, datado de 1966 e editado pela Ed. Livros Horizonte, bem como o livro de Joaquim Jaime Ferreira-Alves, intitulado A casa nobre do Porto, de 2001 e editado pelas Edições INAPA, são importantes para a contextualização do edifício. Em relação aos jardins, o texto de Manuel Joaquim Moreira da Rocha intitulado Os Jardins do Palácio do Freixo e que se encontra online, foi importante para perceber como estes se organizavam, já que é o estudo mais detalhado sobre este assunto. Sobre as reabilitações, destaco dois livros, um da autoria de Fernando Távora e Bernardo Távora, intitulado a Renovação do Palácio do Freixo 1750-2003, uma edição da APOR de 2003, e o livro editado por Jorge Figueira e José António Bandeirinha, intitulado A polémica do Freixo com edição da FCTUC de 1999.
Fonte Primária
Memória Descritiva e Justificativa do Projeto Geral de Arquitetura e Projeto de Vias da autoria de Fernando Távora e João Bernardo Távora (datado de Maio/1999)
Memória Descritiva e Justificativa do Projeto de Arranjos Exteriores/Integração Paisagística da autoria de Laura Costa (datado de Maio/1999)
Memória Descritiva do Projeto de adaptação à Pousada, do conjunto formado pelo Palácio do Freixo, Fábrica de Moagens Harmonia e Jardins Envolventes da autoria de David Sinclair (datado de Junho/2007)
Bibliografia
AZEVEDO, Carlos de – Solares Portugueses. Lisboa: Livros Horizonte, 1969
FERREIRA-ALVES, Joaquim J. B. – A casa nobre no Porto na Época Moderna. Lisboa: Edições INAPA S.A., 2001
FIGUEIRA, Jorge; BANDEIRINHA, José António (ed.) – A polémica do Freixo. Fernando Távora. Coimbra: Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, 1999
PINHO LEAL, Augusto – Portugal antigo e moderno: dicionario geographico, estatístico, chorographico, heraldico, archeologico, histórico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande número de aldeias. Vol. II e Vol. III. 2ª Edição Lisboa: Livraria Editora Tavares Cardoso e Irmão, 1990
SMITH, Robert C. – Nicolau Nasoni: arquitecto do Porto. Lisboa: Livros Horizonte, 1966
SMITH, Robert C. – A vinda de Nicolau Nasoni para Portugal in Separata da Revista MUSEU, 2ª Série, Nº 7. Porto, 1964
TÁVORA, Fernando [et al] – A renovação do Palácio do Freixo: 1750 – 2003. Porto: APOR, 2003
Intercambios, influencias y presencias de los maestros portugueses en la arquitectura gallega entre el Tardogótico y el Renacimiento
Ana Goy Diz
Departamento de História del Arte | Universidad de Santiago de Compostela | GI-1907, Iacobus
Departamento de História del Arte | Universidad de Santiago de Compostela | GI-1907, Iacobus
El objetivo de esta conferencia es profundizar en una línea de investigación iniciada hace años y que se centra en el estudio de las estrechas relaciones artísticas que se establecieron entre el Norte de Portugal y Galicia desde finales del siglo XV al siglo XVII. En cierto sentido este trasvase de influencias puede estructurarse en tres fases sucesivas:
- Entre 1475-1550: Entre el Manuelino y el Tardogótico.
- Entre 1550- 1600: La transición al clasicismo.
- Entre 1600-1634: El triunfo del clasicismo y el agotamiento de los talleres portugueses.
En cierta medida el primer período fue analizado en el congreso Habitar [Patrimonio] Viseu, celebrado en septiembre de 2015, en el que presentamos la comunicación titulada: “La arquitectura gallega en tiempos de Grao Vasco. La contribución de los maestros portugueses” y en el reciente congreso internacional Genius Loci. Lugares e significados. Breves reflexoes, celebrado en la Faculdade de Letras da Universidade de Porto, el pasado mes de abril, en el que se defendió la comunicación: “Arquitecturas para la experimentación en un mundo de transición: Entre el tardogótico versus renacimiento en Galicia y en el norte de Portugal, frente al clasicismo o el estilo chao”.
“Intercambios, influencias y presencias de los maestros postugueses en la arquitectura gallega entre el tardogótico y el renacimiento”, que presentamos a estas V Jornadas de Historia de la Arquitectura pretende centrarse en el estudio del segundo período cronológico, que abarca desde mediados del siglo XVI a principios del XVII, centrándose en un taller concreto, los Lopes, oriundos de la Foz do Lima, vinculados a la villa de Viana do Castelo, donde realizaron parte de sus obras. En los años sesenta del quinientos quizás con el objetivo de conseguir una mayor proyección, o buscando un futuro más seguro, emigraron a Galicia y se instaron primero en Pontevedra y unos años más tarde en Santiago de Compostela, ciudad desde la que monopolizaron una parte importante de la actividad constructiva que se desarrolló en la región.
Hablar de Joao Lopes o Velho, Mateus Lopes, Joao Lopes o Moço, Gonçalo Lopes, de Bernal Juan, Jácome Fernández el Viejo, o de Estacio, Francisco, o Benito González Araujo es hablar de maestros portugueses o vinculados a este importante taller, pero además es hablar de una arquitectura que partiendo de la tradición, apuesta por una renovación formal a partir de la incorporación de un vocabulario decorativo inspirado en los grabados procedentes del norte de Europa y en la tratadística italiana.
- Entre 1475-1550: Entre el Manuelino y el Tardogótico.
- Entre 1550- 1600: La transición al clasicismo.
- Entre 1600-1634: El triunfo del clasicismo y el agotamiento de los talleres portugueses.
En cierta medida el primer período fue analizado en el congreso Habitar [Patrimonio] Viseu, celebrado en septiembre de 2015, en el que presentamos la comunicación titulada: “La arquitectura gallega en tiempos de Grao Vasco. La contribución de los maestros portugueses” y en el reciente congreso internacional Genius Loci. Lugares e significados. Breves reflexoes, celebrado en la Faculdade de Letras da Universidade de Porto, el pasado mes de abril, en el que se defendió la comunicación: “Arquitecturas para la experimentación en un mundo de transición: Entre el tardogótico versus renacimiento en Galicia y en el norte de Portugal, frente al clasicismo o el estilo chao”.
“Intercambios, influencias y presencias de los maestros postugueses en la arquitectura gallega entre el tardogótico y el renacimiento”, que presentamos a estas V Jornadas de Historia de la Arquitectura pretende centrarse en el estudio del segundo período cronológico, que abarca desde mediados del siglo XVI a principios del XVII, centrándose en un taller concreto, los Lopes, oriundos de la Foz do Lima, vinculados a la villa de Viana do Castelo, donde realizaron parte de sus obras. En los años sesenta del quinientos quizás con el objetivo de conseguir una mayor proyección, o buscando un futuro más seguro, emigraron a Galicia y se instaron primero en Pontevedra y unos años más tarde en Santiago de Compostela, ciudad desde la que monopolizaron una parte importante de la actividad constructiva que se desarrolló en la región.
Hablar de Joao Lopes o Velho, Mateus Lopes, Joao Lopes o Moço, Gonçalo Lopes, de Bernal Juan, Jácome Fernández el Viejo, o de Estacio, Francisco, o Benito González Araujo es hablar de maestros portugueses o vinculados a este importante taller, pero además es hablar de una arquitectura que partiendo de la tradición, apuesta por una renovación formal a partir de la incorporación de un vocabulario decorativo inspirado en los grabados procedentes del norte de Europa y en la tratadística italiana.
A habitação urbana ao longo da época moderna: morfologias e formas de habitar. A rua Direita de Viseu como caso de estudo.
Liliana Andrade de Matos e Castilho
Instituto Politécnico de Viseu | CITCEM
Instituto Politécnico de Viseu | CITCEM
Enclausurada pelos limites físicos da cidade que consubstancia, delimitada ainda, no caso de Viseu, pelas muralhas medievais, a habitação urbana, ao longo da época moderna tem que adaptar a evolução das tendências estéticas e dos modos de habitar a um espaço predeterminado e muitas vezes desajustado face às explanações pretendidas.
Se no século XVI a cidade (e de igual modo a sua Rua Direita, objeto mais específico deste estudo) nos surge ainda como um espaço relativamente desafogado, apresentando a maioria dos lotes quintais de dimensões superiores às da implantação da habitação, a tendência nos séculos XVII e XVIII é para a diminuição desses espaços verdes no interior da urbe e para um gradual crescimento da malha construída.
Esse crescimento ocorre por duas vias, por um lado dá-se um aumento das dimensões, e consequentemente da área de implantação de alguns imóveis (caso das casas nobres dos séculos XVII e XVIII) por outro, os grandes lotes quinhentistas surgem-nos muitas vezes, nas centúrias seguintes, repartidos em espaços de menores dimensões, comportando habitações distintas e procurando dar resposta à pressão demográfica.
Ocorre igualmente, na habitação corrente, um crescimento em altura verificando-se, ao longo do período em análise, um gradual acrescento de pisos passando, na rua Direita, de uma maioria de habitações de dois pisos (um sobrado), no século XVI, para três e quatro pisos nas centúrias seguintes.
O aumento das habitações, quer em extensão, quer em altura, vai resultar naturalmente no aumento do número de repartimentos por casa, bem como na diversificação da sua tipologia. O modelo mais comum na centúria de quinhentos de casa sobradada, composta por loja no piso térreo e sala, cozinha e câmara no primeiro sobrado, verá a sua preponderância diminuir ao longo do século XVII (normalmente pelo acrescento de mais câmaras) e torna-se praticamente inexistente no século XVIII.
As alterações das noções de conforto e privacidade, ocorridas ao longo da época moderna, vão assim resultar em transformações nos modos de habitar, extensíveis a todas as habitações e classes sociais, embora de forma diversa e em diferentes cronologias.
Se no século XVI a cidade (e de igual modo a sua Rua Direita, objeto mais específico deste estudo) nos surge ainda como um espaço relativamente desafogado, apresentando a maioria dos lotes quintais de dimensões superiores às da implantação da habitação, a tendência nos séculos XVII e XVIII é para a diminuição desses espaços verdes no interior da urbe e para um gradual crescimento da malha construída.
Esse crescimento ocorre por duas vias, por um lado dá-se um aumento das dimensões, e consequentemente da área de implantação de alguns imóveis (caso das casas nobres dos séculos XVII e XVIII) por outro, os grandes lotes quinhentistas surgem-nos muitas vezes, nas centúrias seguintes, repartidos em espaços de menores dimensões, comportando habitações distintas e procurando dar resposta à pressão demográfica.
Ocorre igualmente, na habitação corrente, um crescimento em altura verificando-se, ao longo do período em análise, um gradual acrescento de pisos passando, na rua Direita, de uma maioria de habitações de dois pisos (um sobrado), no século XVI, para três e quatro pisos nas centúrias seguintes.
O aumento das habitações, quer em extensão, quer em altura, vai resultar naturalmente no aumento do número de repartimentos por casa, bem como na diversificação da sua tipologia. O modelo mais comum na centúria de quinhentos de casa sobradada, composta por loja no piso térreo e sala, cozinha e câmara no primeiro sobrado, verá a sua preponderância diminuir ao longo do século XVII (normalmente pelo acrescento de mais câmaras) e torna-se praticamente inexistente no século XVIII.
As alterações das noções de conforto e privacidade, ocorridas ao longo da época moderna, vão assim resultar em transformações nos modos de habitar, extensíveis a todas as habitações e classes sociais, embora de forma diversa e em diferentes cronologias.
A Casa Nobre no concelho de Ponte de Lima: estruturas, vivências e estratégias de afirmação
Maria Amélia da Silva Paiva
Doutoranda em História da Arte | FLUP
Doutoranda em História da Arte | FLUP
O concelho de Ponte de Lima é porventura aquele que apresenta um maior número de casas nobres na região Norte de Portugal, sendo a sua riqueza e diversidade tão significativas que permitem traçar a evolução destes imóveis, desde a vetusta casa-torre tardo-medieval até às casas de aparato setecentista.
Apesar da importância deste património arquitetónico (muitas casas nobres do concelho são edifícios classificados, sendo umas consideradas Imóveis de Interesse Público e outras Imóveis de Interesse Municipal), o seu estado de conservação era geralmente muito mau até à década de sessenta do século XX. Nessa altura, com a emergência do turismo de habitação e com o crescimento do turismo cultural, a situação inverteu-se, e a maioria das casas foi restaurada e reconvertida. Algumas, embora continuem a ser residência familiar, têm uma parte disponibilizada para atividade turística. Por outro lado, existem aquelas que foram vendidas e subsequentemente restauradas e transformadas em unidades hoteleiras ou estabelecimentos de ensino. Outras ainda foram adquiridas pela Câmara Municipal de Ponte de Lima, que as requalificou, convertendo-as em edifícios de utilidade pública. Subsistem ainda algumas que continuam degradadas, ou mesmo em ruínas. Outras desapareceram irremediavelmente com a voragem dos tempos. Apesar de toda a atividade de recuperação ser positiva em termos globais, corre-se o risco de descaracterizar este precioso património edificado de grande valor histórico que, não esqueçamos, foi concebido antes de tudo para habitação de um grupo social de excelência num quadro sociocultural específico. Com esta comunicação apresentada na V Jornada da História da Arquitetura em Portugal pretendemos partilhar os desafios com que nos deparamos no decurso da investigação desenvolvida no âmbito da tese de Doutoramento sobre a Casa Nobre no concelho de Ponte de Lima a apresentar à Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Apesar da importância deste património arquitetónico (muitas casas nobres do concelho são edifícios classificados, sendo umas consideradas Imóveis de Interesse Público e outras Imóveis de Interesse Municipal), o seu estado de conservação era geralmente muito mau até à década de sessenta do século XX. Nessa altura, com a emergência do turismo de habitação e com o crescimento do turismo cultural, a situação inverteu-se, e a maioria das casas foi restaurada e reconvertida. Algumas, embora continuem a ser residência familiar, têm uma parte disponibilizada para atividade turística. Por outro lado, existem aquelas que foram vendidas e subsequentemente restauradas e transformadas em unidades hoteleiras ou estabelecimentos de ensino. Outras ainda foram adquiridas pela Câmara Municipal de Ponte de Lima, que as requalificou, convertendo-as em edifícios de utilidade pública. Subsistem ainda algumas que continuam degradadas, ou mesmo em ruínas. Outras desapareceram irremediavelmente com a voragem dos tempos. Apesar de toda a atividade de recuperação ser positiva em termos globais, corre-se o risco de descaracterizar este precioso património edificado de grande valor histórico que, não esqueçamos, foi concebido antes de tudo para habitação de um grupo social de excelência num quadro sociocultural específico. Com esta comunicação apresentada na V Jornada da História da Arquitetura em Portugal pretendemos partilhar os desafios com que nos deparamos no decurso da investigação desenvolvida no âmbito da tese de Doutoramento sobre a Casa Nobre no concelho de Ponte de Lima a apresentar à Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Reflexiones sobre la vivienda burguesa en la Barcelona de 1900 a través de los programas decorativos de sus fachadas
Maria Victoria Álvarez Rodríguez
Departamento de Historia del Art/Bellas Artes | Universidad de Salamanca
Departamento de Historia del Art/Bellas Artes | Universidad de Salamanca
De todas las aportaciones realizadas por España al movimiento modernista que empezó a propagarse por Europa a finales del siglo XIX y comienzos del XX, no cabe la menor duda que la más original es la catalana. El papel pionero desempeñado en este sentido por dicha región resulta fácilmente comprensible: en torno a 1900 la ciudad de Barcelona se había convertido en una de las más avanzadas del país, con una estrecha relación con el extranjero que, sumada a su moderna mentalidad, le permitió desarrollar una sensibilidad afín a los cambios que estaban produciéndose por entonces en las artes a nivel internacional. El enorme progreso económico de la burguesía barcelonesa, un grupo social compuesto principalmente por empresarios deseosos de exhibir su poderío ante sus conciudadanos, la llevó a abrazar con entusiasmo la estética del Modernismo a la hora de ordenar la construcción de sus viviendas en zonas tan prestigiosas como el Passeig de Gràcia y el Eixample, cuyo desarrollo urbanístico también era un reflejo de la pujante coyuntura económica que estaba teniendo lugar. La casa burguesa pasó a ser un símbolo del prestigio de sus propietarios, de ahí que estos compitieran por poseer las más espectaculares, encargándoles su construcción a arquitectos como Lluís Domènech i Montaner (1850-1923), Josep Puig i Cadafalch (1867-1956) y Antoni Gaudí (1852-1926). Teniendo en cuenta esto, no es de extrañar que las fachadas de las viviendas se convirtieran en una suerte de tarjeta de visita de estos empresarios, una señal de estatus a ojos de los barceloneses que les llevó a ordenar la inclusión de complejos programas decorativos siguiendo las pautas modernistas. En el presente estudio nos proponemos analizar los programas iconográficos más recurrentes en esas fachadas, centrándonos en los elementos vegetales, los animales, las figuras humanas, las alegorías de las artes, las de los oficios y, finalmente, la progresiva desmaterialización de las formas que acabó dando lugar a una arquitectura cada vez más orgánica. De este modo, comprobaremos cómo la ornamentación exterior de la vivienda burguesa en la Barcelona de 1900 no se quedaba meramente en lo decorativo sino que, por el contrario, convertía a la propia casa en una obra de arte parlante, reflejo de la personalidad e intereses de su propietario.
Modos de Habitar uma Vila Balnear
Gustavo Duarte Vasconcelos
Mestrando em História da Arte | FLUP
Mestrando em História da Arte | FLUP
A Póvoa de Varzim é uma cidade do litoral norte português onde predominam atividades como os serviços, o comércio, a agricultura e a pesca, e que conjugados formam o motor da sua economia. O turismo é também um importante sector, no qual o mar foi e continua a ser um forte catalisador da presença humana na cidade.
Banhada pelo Oceano Atlântico, a Póvoa soube desde o século XVIII retirar os frutos que esta barreira natural proporcionava[1]. Não podendo expandir-se fisicamente para poente, para o mar, a então vila procurou adaptar-se e crescer com o mar. Foi assim que a Póvoa explorou este filão, atraindo forasteiros vindos principalmente do Minho e de Trás-os-Montes, mas também do Douro e de outras regiões mais remotas, como por exemplo de Espanha[2].
Os banhos de mar eram então prescritos por muitos médicos da província, aconselhando aos enfermos estanciarem na vila poveira. Estas recomendações não visavam somente o contacto com as águas salgadas ricas em iodo, mas também com o bulício que caracterizava a vida da Póvoa pelo período de banhos.
A partir de meados do século XIX a Póvoa oferecia aos banhistas uma vasta gama de atrativos, como por exemplo bons hotéis onde os forasteiros poderiam acomodar-se, bares, cafés e restaurantes que proporcionavam aos veraneantes não só refeições, mas também diversão, através de concertos e jogo lícito, uma das diversões preferidas dos frequentadores da Póvoa. Os teatros, onde as melhores companhias atuavam durante a época estival, compunham o rol de ofertas que a Póvoa oferecia. Os balneários surgiram por questões terapêuticas, mas contemplavam também a vertente lúdica, uma vez que propiciavam aos veraneantes o contacto com a água do mar, a par de momentos de descontração, proporcionados por retemperados banhos quentes.
Contudo, a diversão não acontecia somente em meios reservados para tal fim, sendo o espaço urbano palco de muitos espetáculos itinerantes, através da exibição de músicos, animais amestrados, como por exemplo cães, macacos e ursos, até apresentações acrobáticas, entre outros[3].
Foi neste contexto que a vila poveira se desenvolveu, executando a edilidade sucessivos melhoramentos, quer com a abertura de novas ruas, quer com o alargamento das já existentes, bem como com a criação de equipamentos que garantissem melhores condições aos forasteiros. Coube aos particulares preencherem estes novos espaços com requintadas arquiteturas, destacando-se a do Café Chinês, a do Balneário Lusitano, ambos demolidos, e ainda a do Teatro Garrett e a do Teatro Salão Moderno.
Fontes e bibliografia:
ARQUIVO MUNICIPAL DA PÓVOA DE VARZIM.
BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim: CMPV, 1959-2015.
GAMA, J. – Guia Portatil do Viajante em Portugal e Itinerarios das Viagens Circulatorias em Hespanha e França. 2ª ed. Porto: Typographia Occidental, 1886.
[LEITÃO, Joaquim] – Póvoa de Varzim: Separata do Guia das Praias, Thermas, Estancias e Sanatorios de Portugal. Porto: Francisco Coimbra & C.ª, [1906-1908].
ORTIGÃO, José D. Ramalho – As Praias de Portugal: Guia do Banhista e do Viajante. Porto: Livraria Universal, 1876.
SMITH, Robert C. – Os Banhos de Mar na Póvoa de Varzim no Século XVIII. In Póvoa de Varzim Boletim Cultural. Vol. IV, nº1. Póvoa de Varzim: CMPV, 1965.
VIEIRA, José Augusto – O Minho Pittoresco. Vol. II. Lisboa: Livraria de A. M. Pereira, 1887.
[1] BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Vol. I, p. 134.
[2] VIEIRA, José Augusto – O Minho Pittoresco, p. 215.
[3] AMPV – Livro 2º de notas ou registo de licenças concedidas por esta administração ou por autoridades superiores e aqui apresentadas – 1873 a 1892 (cota: ACPV 1215)
Banhada pelo Oceano Atlântico, a Póvoa soube desde o século XVIII retirar os frutos que esta barreira natural proporcionava[1]. Não podendo expandir-se fisicamente para poente, para o mar, a então vila procurou adaptar-se e crescer com o mar. Foi assim que a Póvoa explorou este filão, atraindo forasteiros vindos principalmente do Minho e de Trás-os-Montes, mas também do Douro e de outras regiões mais remotas, como por exemplo de Espanha[2].
Os banhos de mar eram então prescritos por muitos médicos da província, aconselhando aos enfermos estanciarem na vila poveira. Estas recomendações não visavam somente o contacto com as águas salgadas ricas em iodo, mas também com o bulício que caracterizava a vida da Póvoa pelo período de banhos.
A partir de meados do século XIX a Póvoa oferecia aos banhistas uma vasta gama de atrativos, como por exemplo bons hotéis onde os forasteiros poderiam acomodar-se, bares, cafés e restaurantes que proporcionavam aos veraneantes não só refeições, mas também diversão, através de concertos e jogo lícito, uma das diversões preferidas dos frequentadores da Póvoa. Os teatros, onde as melhores companhias atuavam durante a época estival, compunham o rol de ofertas que a Póvoa oferecia. Os balneários surgiram por questões terapêuticas, mas contemplavam também a vertente lúdica, uma vez que propiciavam aos veraneantes o contacto com a água do mar, a par de momentos de descontração, proporcionados por retemperados banhos quentes.
Contudo, a diversão não acontecia somente em meios reservados para tal fim, sendo o espaço urbano palco de muitos espetáculos itinerantes, através da exibição de músicos, animais amestrados, como por exemplo cães, macacos e ursos, até apresentações acrobáticas, entre outros[3].
Foi neste contexto que a vila poveira se desenvolveu, executando a edilidade sucessivos melhoramentos, quer com a abertura de novas ruas, quer com o alargamento das já existentes, bem como com a criação de equipamentos que garantissem melhores condições aos forasteiros. Coube aos particulares preencherem estes novos espaços com requintadas arquiteturas, destacando-se a do Café Chinês, a do Balneário Lusitano, ambos demolidos, e ainda a do Teatro Garrett e a do Teatro Salão Moderno.
Fontes e bibliografia:
ARQUIVO MUNICIPAL DA PÓVOA DE VARZIM.
BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim: CMPV, 1959-2015.
GAMA, J. – Guia Portatil do Viajante em Portugal e Itinerarios das Viagens Circulatorias em Hespanha e França. 2ª ed. Porto: Typographia Occidental, 1886.
[LEITÃO, Joaquim] – Póvoa de Varzim: Separata do Guia das Praias, Thermas, Estancias e Sanatorios de Portugal. Porto: Francisco Coimbra & C.ª, [1906-1908].
ORTIGÃO, José D. Ramalho – As Praias de Portugal: Guia do Banhista e do Viajante. Porto: Livraria Universal, 1876.
SMITH, Robert C. – Os Banhos de Mar na Póvoa de Varzim no Século XVIII. In Póvoa de Varzim Boletim Cultural. Vol. IV, nº1. Póvoa de Varzim: CMPV, 1965.
VIEIRA, José Augusto – O Minho Pittoresco. Vol. II. Lisboa: Livraria de A. M. Pereira, 1887.
[1] BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Vol. I, p. 134.
[2] VIEIRA, José Augusto – O Minho Pittoresco, p. 215.
[3] AMPV – Livro 2º de notas ou registo de licenças concedidas por esta administração ou por autoridades superiores e aqui apresentadas – 1873 a 1892 (cota: ACPV 1215)
Viana de Lima/ David Moreira da Silva - dois projetos para habitar um lugar da cidade
Maria do Carmo Marques Pires
Doutora em História da Arte | FLUP
Doutora em História da Arte | FLUP
Num espaço da cidade da década de quarenta, surgiria, como vontade municipal para a configuração do seu tecido urbano e a partir da demolição de pré-existências, um edifício cujo projeto viria a ser sujeito a condições impostas pelo poder municipal e a vontade materializada do industrial Delfim Ferreira. Referimo-nos ao Palácio do Comércio, um edifício quarteirão, ainda hoje uma referência e um volume impositivo e ordenador de uma das centralidades da cidade, surgido num contexto de profundas alterações urbanas e que foi objeto de estudo de dois arquitetos que apresentaram duas propostas distintas de habitar: a de Viana de Lima (recusada), e a de David Moreira da Silva (concretizada). A presente reflexão parte da análise comparativa dos dois projetos, do entendimento do espaço-cidade/habitar que eles refletem, numa abordagem tecida de interrogações sobre a escolha/preferência do projeto que origina o edifício atual.
Bibliografia:
PIRES, Maria do Carmo Marques - O Ateliê de Arquitetura/Urbanismo de David Moreira da Silva e Maria José Marques da Silva Martins. Visibilidade da Memória. Porto: FLUP, 2012. Dissertação de Doutoramento em História da Arte Portuguesa. Disponível em linha: http://hdl.handle.net/10216/67327
PIRES, Maria do Carmo Marques – Palácio do Comércio. In site da Fundação Instituto Marques da Silva – Os arquitetos: Maria José e David Moreira da Silva. Galeria: Palácio do Comércio. Disponível em linha:
https://fims.up.pt/index.php?cat=45&subcat=15&subsubcat=17&proj=13
Bibliografia:
PIRES, Maria do Carmo Marques - O Ateliê de Arquitetura/Urbanismo de David Moreira da Silva e Maria José Marques da Silva Martins. Visibilidade da Memória. Porto: FLUP, 2012. Dissertação de Doutoramento em História da Arte Portuguesa. Disponível em linha: http://hdl.handle.net/10216/67327
PIRES, Maria do Carmo Marques – Palácio do Comércio. In site da Fundação Instituto Marques da Silva – Os arquitetos: Maria José e David Moreira da Silva. Galeria: Palácio do Comércio. Disponível em linha:
https://fims.up.pt/index.php?cat=45&subcat=15&subsubcat=17&proj=13